SETUT diz que não tem frota para atender a população em caso de passe livre

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) afirmou nesta quinta-feira (12), que o sistema de transporte da capital enfrenta dificuldades e que a frota de ônibus não está preparada para o passe livre ou tarifa zero. O sindicato prestou esclarecimentos sobre a proposta da Prefeitura de zerar as tarifas e se mostrou favorável a iniciativa, mas salientou pontos necessários para que seja efetivo.

Na quarta-feira (11), o prefeito Dr Pessoa confirmou que o município ampliará o número de pessoas contempladas com a gratuidade no transporte público de Teresina. A medida será feita através da instituição de um Programa Municipal de Passe Livre e tem expectativa de ser implantada até o mês de março.

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O vice-presidente do SETUT, Marcelino Lopes, reforça a posição das empresas e pontua questões financeiras necessárias. " É preciso analisar bem, antes de tomar uma decisão. Se nem os R$ 5 milhões estão sendo pagos e com a tarifa zero, o valor sobe para cerca de R$ 15 milhões para a manutenção do custo. Além disso, quando a tarifa for zero devemos ter uns 12 mil carros piratas”, disse Marcelino Lopes.

O líder do Consórcio Teresina, Júlio Pereira, afirma que os empresários devem sentir impactos com a mudança. "Eu não sei como eu vou pagar o dia 20, cai o passageiro, mas o serviço não diminui e eu ainda estou com a mesma quantidade de funcionários. Imagina como a gente fica preocupado que de uma hora para outra eu vou ter receita zero, então tenho funcionários que tenho que pagar. Não podemos dizer que está tudo bem. O transporte em Teresina passa por uma situação muito delicada e difícil", afirma.

Marcelino Lopes apontou ainda preocupações sobre o setor. "A nossa preocupação é como vai ser gerido o transporte nesse formato que o custo vai ser todo da prefeitura. Hoje se sabe que precisa colocar mais carros para atender melhor a população, só não tem é dinheiro.  Importante destacar que o SETUT e SITT aguardam a quitação pela Prefeitura, de todas as pendências financeiras acumuladas pelo Poder público, desde novembro de 2020", conclui o vice-presidente do SETUT.