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Por que os preços dos alimentos estão aumentando? Economista explica os fatores

Eventos climáticos, entressafra e valorização do dólar impactam custo de itens básicos.


O aumento dos preços dos alimentos tem dificultado a ida ao supermercado para muitas famílias. O custo de itens básicos como óleo, arroz e feijão tem subido de forma acentuada, levando consumidores a buscar promoções e alternativas para driblar a situação.

A alta nos preços dos alimentos básicos, como arroz, feijão e óleo, é atribuída a diversos fatores, incluindo eventos climáticos, períodos de entressafra e a valorização do dólar. As enchentes no Rio Grande do Sul, uma das principais regiões produtoras de grãos do país, afetaram severamente as colheitas, reduzindo a oferta desses produtos no mercado interno. A entressafra também desempenha um papel crucial na variação dos preços.

Foto: Agência BrasilSupermercado
Supermercado. 

"A questão da entressafra ocorre após a colheita do arroz, quando os produtos são direcionados para o mercado internacional. Além disso, a região Sul do país enfrenta impactos climáticos significativos. Outro fator relevante é a opção dos produtores em vender seus produtos no mercado internacional devido ao dólar valorizado, o que se mostra mais vantajoso do que comercializar no mercado interno", explicou o economista Orgilan Cruz. 

O arroz, um dos principais componentes da mesa dos piauienses, registrou um aumento de cerca de 20% nos últimos meses, conforme dados do Ministério da Agricultura. Atualmente, o pacote de 5kg pode ser encontrado por até R$ 40,00 nas prateleiras dos supermercados.

Nos primeiros três meses deste ano, as exportações de cereais alcançaram mais de 37 bilhões de dólares, um crescimento de 4,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais. Enquanto a demanda externa continuar aquecida, é improvável que os preços dos alimentos no mercado interno diminuam.

"Nosso país tem despertado interesse internacional devido às exportações do agronegócio, não apenas de produtos como arroz e feijão, mas também de carne, grãos, suco, entre outros. O mercado internacional reconhece o Brasil como líder nesse setor, destacando-se especialmente nas exportações de arroz, soja e milho", explicou o economista. 

Diante dessa situação, é necessário adotar medidas urgentes para mitigar o impacto da alta dos preços sobre os consumidores. 

"Uma das soluções é o governo subsidiar os produtores para aumentar a produção interna, especialmente direcionando os produtos para órgãos públicos responsáveis pela distribuição. Outra medida seria reduzir as taxas de importação, facilitando a entrada de produtos estrangeiros subsidiados, o que poderia beneficiar especialmente as populações mais vulneráveis com preços mais acessíveis", finalizou economista Orgilan Cruz. 

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