"Temos apenas quatro ambulâncias do Samu para atender Teresina", diz SENATEPI

Profissionais do Samu de Teresina denunciam falta de equipamentos e transporte adequado.

O Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí (SENATEPI) fez uma denúncia preocupante ao Correio Piauiense, destacando os graves descasos enfrentados pelos profissionais da área de saúde que atuam no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Teresina nos últimos anos.

As principais demandas dos profissionais incluem a falta de equipamentos adequados e ambulâncias em estado precário, o que compromete o atendimento adequado à população. 

Foto: Reprodução/ Internet
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Teresina.

O presidente do SENATEPI, Erick Riccely, destacou as condições dos veículos utilizados para atendimentos de urgência em Teresina. "As ambulâncias necessitam de manutenção preventiva de qualidade, e em alguns casos, até mesmo substituição, pois já ocorreram situações em que as portas estavam amarradas com ataduras e o giroflex não funcionava. Hoje, testemunhamos ambulâncias saindo sem freio e sem cinto de segurança, e todas essas situações têm um impacto direto na gravidade das ocorrências", afirmou. 

Riccely ainda ressaltou que, atualmente, o Samu de Teresina conta apenas com quatro ambulâncias para atender toda a região. "A situação da instituição é que ela está abandonada desde janeiro de 2021 até o presente momento. Atualmente, existem três unidades básicas e apenas uma unidade avançada do SAMU em funcionamento, quando deveria haver pelo menos dez unidades atuando no município de Teresina. Isso demonstra, claramente, a precariedade da situação do SAMU, e não é de hoje que estamos denunciando essa realidade e buscando uma solução", finalizou o presidente. 

Foto: Luis Fernando Amaranes/ Correio Piauiense
Presidente do SENATEPI, Erick Riccely.

Falta de segurança

Além disso, os profissionais do Samu estão preocupados com a falta de segurança em algumas regiões da cidade. No último sábado (15), esse alerta se intensificou após um atentado em que dois profissionais de saúde foram surpreendidos e baleados, durante um atendimento na zona Sul de Teresina. 

"Essa preocupação com a falta de segurança já existe há bastante tempo. Sempre que precisamos realizar um atendimento dependemos do apoio da Polícia Militar. No entanto, muitas vezes esse apoio demora a chegar e, quando finalmente chega, o atendimento já foi concluído. Infelizmente, essa aflição se agravou ainda mais após o recente episódio de violência em que quase perdemos nossos colegas de profissão. É uma situação extremamente preocupante”, disse.

Reforço no policiamento

A Prefeitura Municipal de Teresina decidiu nesta segunda-feira (17), que as viaturas da Guarda Civil Municipal deverão estar disponíveis para oferecer apoio operacional à equipe do Samu. A viatura permanecerá na sede, juntamente com os plantonistas, e contará com a presença de três guardas civis. 

Outro lado

Nossa equipe de reportagem do Correio Piauiense buscou o posicionamento da direção do Samu de Teresina em relação às denúncias apresentadas pelo Sindicato dos Enfermeiros, Auxiliares e Técnicos em Enfermagem do Estado do Piauí. Em comunicado oficial, o órgão esclareceu que sua frota é composta por 18 ambulâncias, sendo oito de suporte básico, três de suporte avançado e sete ambulâncias de reserva, além das motolâncias.

Leia também