Projeto de Lei propõe penas de até 30 anos para traficantes de crack
Com 1,2 milhão de usuários, país enfrenta crescente problema com a droga.
O tráfico de crack, uma prática criminosa que já se tornou comum nas ruas de todo o Brasil, é alvo de um novo projeto de lei. O Brasil tem cerca de 1,2 milhão de usuários de crack, segundo estimativas do IBGE, com a maioria começando a consumir a droga aos 13 anos. Para combater a disseminação do crack, a Câmara dos Deputados está analisando o Projeto de Lei, que propõe aumentar de dois terços até o dobro das penas aplicadas aos traficantes da droga.
Atualmente, as penas para tráfico de drogas variam de 5 a 15 anos de reclusão, mas, com a aprovação do projeto, a pena pode ser aumentada para até 30 anos, dependendo das circunstâncias do crime.
O autor da proposta, deputado Sargento Fahur (PSD-PR), argumenta que a legislação atual não é suficiente para enfrentar o problema do crack. “É urgente que o Parlamento adote uma resposta legislativa mais firme”, defende Fahur. Ele destaca que o crack é uma das drogas mais devastadoras, causando dependência severa e intensificando a violência nas comunidades.
“As 'cracolândias' se tornaram um fenômeno nacional, evidenciando o impacto social dessa droga. O tráfico de crack também é uma das principais fontes de financiamento de organizações criminosas, que geram disputas territoriais e fomentam a violência urbana”, afirma o parlamentar.
Próximos passos
O projeto será analisado pelas comissões de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votado no plenário da Câmara. Se aprovado, será encaminhado ao Senado. Caso seja sancionado, o projeto pode resultar em penas mais severas, contribuindo para a repressão ao tráfico de crack no país.
O crack e seus efeitos rápidos
O crack é considerado um dos alucinógenos mais perigosos, principalmente por ser inalado, atingindo rapidamente o pulmão e o cérebro em apenas oito segundos, o que intensifica sua dependência. A droga tem efeitos devastadores para a saúde mental e física dos usuários, além de gerar sérios impactos sociais.