Greve paralisa transporte público de Teresina e deixa passageiros sem alternativa
Motoristas e cobradores cruzaram os braços nesta segunda (12).
O transporte público de Teresina entrou em colapso nesta segunda-feira (12). Motoristas e cobradores iniciaram uma greve geral por tempo indeterminado, após três anos sem reajuste salarial e impasse nas negociações com empresas e poder público. Paradas de ônibus ficaram lotadas e muitos passageiros foram pegos de surpresa.
A paralisação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Estado do Piauí (Sintetro). Na tentativa de reduzir os impactos, vans cadastradas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) começaram a circular. Esses veículos cobram tarifa de R$ 4,00, mas sem direito a meia-passagem ou gratuidade.
A categoria cobra reajuste, melhorias no ticket-alimentação e no auxílio-saúde. Uma proposta informal chegou a ser apresentada pelo Setut (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina), com aumento apenas para motoristas, mas excluindo os cobradores, o que não foi aceito pelo sindicato.
A Justiça do Trabalho determinou que 80% da frota funcione nos horários de pico (6h às 9h e 17h às 20h) e 40% nos demais horários. Caso a medida não seja cumprida, haverá multa de R$ 50 mil por dia. Mesmo assim, a maioria dos ônibus permaneceu nas garagens nesta manhã.
A Prefeitura informou que segue cadastrando motoristas de vans e veículos particulares para operar emergencialmente no transporte público da cidade.